Diferença entre testes de coronavírus
Atitudes diárias como lavar as mãos e evitar aglomerações são medidas que reduzem o contágio do COVID-19. Aqueles que não adotarem essas medidas, colaborarão para que o número de casos da doença chegue a dobrar a cada três dias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) tão ou mais importante quanto adotar essas medidas de higiene, quanto a redução da circulação e aglomeração de pessoas, é assegurar a disponibilidade dos exames de testagem e o isolamento. Sendo imprescindível que tanto aqueles que estiverem com sintomas como dores no corpo e tosse seca, quanto os que tiverem contato com casos confirmados, realizem o exame de testagem para confirmar ou descartar a presença do vírus.
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou ainda que “A forma mais eficaz de salvar vidas é quebrar a cadeia de transmissão. E para fazer isso precisa testar e isolar. Não se pode apagar a fogo cego. Não conseguiremos parar a pandemia se não soubermos quem está infectado. Temos uma simples mensagem: testem, testem, testem. Todos os casos suspeitos. Se eles derem positivo, isolem”, declarou.
Esse fator colaborou com a ampliação da disponibilidade de exames de testagem pelo Brasil.
Confira os tipos de testagens que estão sendo utilizadas no momento a fim de combater a disseminação do novo coronavírus e saiba qual delas estamos realizando em nosso laboratório:
– PCR: é coletado uma amostra de secreção da cavidade nasal ou da faringe e encaminhada para o laboratório, onde é submetida a uma máquina chamada RT-PCR. Nela, interage com um reagente de sequência genética complementar ao RNA viral. Esse agente se liga com o RNA e faz com que o material genético se amplie, ou seja, se multiplique. Assim, o aparelho consegue ler a presença do vírus, situação em que aponta resultado positivo.
Dos testes disponíveis, é o que oferece maior confiabilidade, por isso é o tipo recomendado pelas autoridades de saúde. Mas há a desvantagem de ter sua eficácia variável de acordo com o momento da coleta, pois nos primeiros dias de infecção, quando a carga viral é pequena, pode deixar passar a maior parte dos pacientes infectados, exigindo retestagem e não serve para apontar quem teve o vírus no passado.
Identifica a presença do vírus nos primeiros dias após o aparecimento de sintomas _ não é indicado para quem não está sintomático. A partir do sétimo dia, costuma ter uma sensibilidade próxima 90%, ou seja, detecta 90% das pessoas contaminadas pelo vírus.
– Imunocaptura: é feito a partir de uma amostra coletada da secção da cavidade nasal ou da faringe e é similar a um teste de gravidez. Onde coloca-se a amostra em uma fita que contém anticorpos contra o coronavírus, adiciona-se um reagente que migra pela fita, empurrando os antígenos do vírus. E quando ocorre um encontro dos antígenos com os anticorpos, um risco aparece na fita, indicando resultado positivo.
O resultado sai em 15 a 30 minutos, é fácil de aplicar e oferece um resultado com rapidez.
Mas, tem a desvantagem de que sua confiabilidade pode depender do fabricante e que alguns trabalhos apontam detecção de apenas 30% dos pacientes infectados.
– Imunocromatografia/teste de sorologia: esse testagem é realizada através da coleta de uma amostra de sangue.
Explicando brevemente como acontece, coloca-se uma gota de sangue da amostra coletada em uma fita e se nesta gota existirem anticorpos contra o coronavírus, ocorre uma reação química: um risco aparece, indicando resultado positivo.
Os anticorpos detectados são as imunoglobinas IgM e a IgG.
IgM é a classe de anticorpos que começa a ser produzida em torno de cinco a sete dias após a infecção.
O IgG começa a aparecer por volta do 10° dia e permanece elevado por semanas.
Como o organismo humano leva cerca de uma semana para produzir anticorpos, este exame deve ser realizado de preferência 10 dias após os sintomas, quando pode atingir por volta de 70% de sensibilidade e eficácia.
É fácil de aplicar e oferece um resultado com rapidez, sendo este o teste que realizamos em nosso laboratório.
Os resultados podem variar de poucos minutos a alguns dias, mas são maneiras rápidas de identificar a presença do vírus na população. De maneira que quando o resultado for positivo, o paciente seja encaminhado o mais breve possível para área de tratamento, para que seja isolado do restante da população, a fim de evitar o contágio da doença, que tem acontecido de maneira alarmante.
Portanto, se sentir os sintomas ou for alguém que tenha contato com pessoa(s) infectada(s) pela doença, não deixe de procurar seu laboratório de confiança e realizar seu teste já!