Análises Clínicas na Avaliação de Distúrbios Dermatológicos
Introdução
As análises clínicas desempenham um papel fundamental na avaliação de distúrbios dermatológicos, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico e tratamento adequado. Neste glossário, vamos explorar os principais exames laboratoriais utilizados na avaliação de problemas de pele, abordando desde os testes mais comuns até as técnicas mais avançadas.
História Clínica
Antes de realizar qualquer exame laboratorial, é essencial coletar uma história clínica detalhada do paciente. Isso inclui informações sobre sintomas, histórico familiar de doenças de pele, exposição a agentes irritantes ou alérgenos, entre outros fatores relevantes. A história clínica é fundamental para orientar a solicitação dos exames adequados e interpretar corretamente os resultados.
Exame Físico
O exame físico da pele é uma etapa crucial na avaliação de distúrbios dermatológicos, permitindo identificar lesões, alterações de pigmentação, textura e outras características relevantes. O dermatologista irá avaliar a pele do paciente de forma minuciosa, utilizando instrumentos como a lâmpada de Wood para visualizar alterações na pigmentação e a dermatoscopia para analisar lesões suspeitas.
Hemograma Completo
O hemograma completo é um exame de rotina que fornece informações sobre a contagem de células sanguíneas, como glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Alterações nessas células podem indicar processos inflamatórios, infecciosos ou hematológicos que podem estar relacionados a distúrbios dermatológicos. É um exame simples, mas que pode fornecer dados importantes para o diagnóstico.
Dosagem de Proteínas
A dosagem de proteínas séricas, como a albumina e a globulina, é importante na avaliação de distúrbios dermatológicos, uma vez que alterações nesses níveis podem indicar problemas de nutrição, inflamação ou doenças autoimunes. A avaliação das proteínas séricas pode auxiliar no diagnóstico de condições como dermatite herpetiforme, líquen plano e outras doenças de pele.
Dosagem de Enzimas
A dosagem de enzimas hepáticas, como a alanina aminotransferase (ALT) e a aspartato aminotransferase (AST), pode ser útil na avaliação de distúrbios dermatológicos relacionados a doenças hepáticas, como a hepatite. Alterações nos níveis dessas enzimas podem indicar lesão hepática e estar associadas a manifestações cutâneas, como prurido, erupções cutâneas e icterícia.
Exames de Imagem
Em alguns casos, exames de imagem, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, podem ser solicitados para avaliar distúrbios dermatológicos que afetam estruturas mais profundas da pele, como os tecidos subcutâneos e os músculos. Esses exames podem fornecer informações adicionais sobre a extensão da lesão e auxiliar no planejamento do tratamento.
Exames Micológicos
Os exames micológicos são utilizados na avaliação de distúrbios dermatológicos causados por fungos, como a dermatofitose, a candidíase e a pitiríase versicolor. A cultura de fungos, o exame direto com hidróxido de potássio e a pesquisa de antígenos fúngicos são algumas das técnicas empregadas para identificar o agente causador da infecção fúngica e orientar o tratamento adequado.
Exames Parasitológicos
Os exames parasitológicos são importantes na avaliação de distúrbios dermatológicos causados por parasitas, como os ácaros da sarna, os piolhos e as larvas de moscas. A raspagem de pele, o exame direto e a pesquisa de ovos ou larvas são algumas das técnicas utilizadas para identificar a presença de parasitas na pele do paciente e orientar o tratamento específico.
Exames de Biópsia
A biópsia de pele é um procedimento invasivo que pode ser indicado na avaliação de distúrbios dermatológicos de difícil diagnóstico, como os tumores de pele, as doenças autoimunes e as infecções profundas. A análise histopatológica do tecido biopsiado permite identificar as características morfológicas das lesões e confirmar o diagnóstico, orientando o tratamento adequado.
Exames de Imunofluorescência
Os exames de imunofluorescência são utilizados na avaliação de distúrbios dermatológicos autoimunes, como o pênfigo, o lúpus eritematoso cutâneo e a dermatomiosite. Essas técnicas permitem detectar a presença de autoanticorpos na pele do paciente, auxiliando no diagnóstico diferencial e no acompanhamento da resposta ao tratamento imunossupressor.
Exames de Biologia Molecular
Os exames de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR) e o sequenciamento genético, são utilizados na avaliação de distúrbios dermatológicos de origem genética, como a epidermólise bolhosa, a neurofibromatose e a síndrome de Marfan. Essas técnicas permitem identificar mutações genéticas específicas associadas a cada doença e orientar o aconselhamento genético.